segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vans e Rodoviária II

O DMT é um empecilho para a ação da polícia ou a polícia é um empecilho para a ação do DMT?

Neste período natalino os vanseiros fazem ponto na entrada da rodoviária; você liga ao DMT eles dizem pra chamar a polícia. Liga pra polícia e eles pedem pra você acionar o DMT. Enquanto isso os "coitados", (coitados o escambau)vanseiros roubam passageiros na rodoviária e a prefeitura neste período natalino perde no mínimo 1.200 reais por dia.
"Viva o DMT!"
"Viva a Polícia!"

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O derrotado tresloucado

O PSDB se revelou um partido que não sabe vencer, mas, pior ainda, um partido que não sabe perder. Por isso, seu candidato foi José Serra, símbolo dessas duas más qualidades.

Serra perdeu para uma desconhecida na política, Dilma Roussef. Assim ocorreu porque não conseguiu desenvolver uma campanha capaz de mostrar aos pobres que eles não iriam perder o que ganharam no governo Lula. Ele achou que poderia contrabalançar isso com um estranho cacife. Apostou num cacife inexistente, o de ser o paladino da proteção da democracia diante de um governo de esquerda que estaria arquitetando algo contra as instituições republicanas. Serra se viu herói de uma história inventada por uma história com fundo real, mas que se transformou em uma paranóia de seus aliados na imprensa – em especial os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Grupo Abril (revista Veja). Ele levou até o fim uma campanha na qual ele queria aparecer como o defensor da liberdade, enquanto que Dilma seria apenas a defensora da igualdade.

Serra não perdeu porque os brasileiros querem antes a igualdade que a liberdade, mas porque o fato dele ser um defensor da liberdade nada era senão uma mentira. Serra bateu em professores grevistas, administrou o funcionalismo público sem ouvir outros e sempre num grupo tecnocrático fechado, não ficou imune a ataques de corrupção, negociou com a imprensa favores para além do que um autêntico republicano poderia fazer e, enfim, não percebeu que, para os pobres, a liberdade aparece quando a igualdade aumenta.

Entender que ele não percebeu tudo isso é fácil. Esse seu não entendimento ficou claro em seu discurso após o anúncio de Dilma como presidente. Seu discurso de derrotado foi esquisito. Ao invés de cumprimentar Dilma e propor um governo de união, como ele vinha fazendo e como é a praxe, ele desafiou a nova governante e mostrou-se ambicioso, querendo disputar uma terceira vez – ignorando que Aécio Neves e o próprio Alckmin vão tomá-lo como aposentado já na segunda feira. Em meio ao seu discurso, apareceu nitidamente sua estranha imagem de si mesmo, a de ser um paladino da democracia. Pois insistiu que faria oposição exatamente nesse quesito, o de proteger as liberdades individuais e liberdade de expressão e coisas afins. Ele realmente acreditou na mentira dos jornalistas de direita que, na imprensa citada, mentem para si mesmos querendo o título de liberais (os Neumanes e Reinaldos de Azevedo da vida). Particularmente, nunca vi um candidato com um traço doentio tão forte, incapaz de perceber sua real dimensão na política.

Todos nós sabemos que há traços autoritários no PT, inclusive meio que ligados a certa imbecilidade dogmática – já escrevi isso aqui com detalhes para além do que muita gente de esquerda ousa dizer. Além disso, nossa percepção de que o próprio Lula prejudicou a vida democrática interna do PT, é uma verdade. Mas, o que Serra não percebeu é que ele não era o tal paladino da liberdade que poderia representar, com legitimidade, aqueles eleitores motivados pelo simples valor da democracia. Isso é que é incrível! Serra realmente acreditou na mentira criada a respeito de si mesmo.

Pensando assim, e analisando o discurso estabanado de Serra ao ser derrotado, não há dúvida que o cheque em branco da população para Lula, votando em Dilma, por incrível que pareça, foi o que se podia fazer de mais ajuizado. E foi feito. Era o que dizíamos, neste blog, que tinha tudo para acontecer. E aconteceu. O Brasil está livre de uma pessoa com visível traço doentio. Deus é brasileiro.

© 2010 Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor e professor da UFRRJ

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma pergunta:

POR QUE O DMTT (VERDINHOS) SÓ MULTA TRABALHADOR COMUM E NÃO MULTA VANS E TAXISTAS, PRINCIPALMENTE OS CLANDESTINOS?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

2020 o Fim do Desmatamento Ilegal da Amazônia

O processo de desmatamento ilegal no Brasil não se resolve com uma caneta ou com promessas de ação governamental contra o desmatamento. Em 2020, certamente, o desmatamento na Amazônia não existirá, porque a Amazônia brasileira será um semideserto onde pastos alimentarão bois e plantações de soja sustentarão a produção de “combustível ecológico”.
O mal da Amazônia não é o madeireiro criminoso-ilegal; o mal da Amazônia é o grileiro, é o fazendeiro que negocia o desmatamento de áreas de preservação ambiental (reservas biologias e indígenas), além de patrocinar a pistolagem contra o agricultor familiar nas áreas onde ainda existe resquício de floresta economicamente viável.
Tomemos como exemplo o Maranhão, nas áreas de babaçuais, mesmo com leis de proteção à babaçu e as quebradeiras de coco, fazendeiros constroem cercas e queimam babaçuais, plantam capim e expulsam as quebradeiras de coco, que ainda são silenciadas com ameaça de pistoleiros.
As reservas indígenas do Maranhão estão degradas graças a cooptação de indígenas que vendem barato ou são ludibriados com o escambo, claro, hoje já não é mais espelho, mas as chamadas drogas legais. A Reserva Biológica do Gurupi, no oeste maranhense, existe somente no papel, é apenas mais uma das leis que não são cumpridas nesse país, a área dividida por latifúndios nunca ocupados, mas que requerem judicialmente indenização, tem em sua área muito mais de 300 mil pessoas em seu interior, desde de grandes e médios pecuaristas a assentamentos e acampamentos de trabalhadores rurais sem-terra, todos desmatando e vendendo madeira no mercado negro da madeira que têm como base no Maranhão a cidade de Buriticupu e a cidade de Paragominas no Pará.
Ainda no estado do Maranhão, onde homens do agronegócio pedem a redução da reserva legal, não reserva alguma nas grandes fazendas e também nas pequenas, além disso são poucos os que respeitam encosta de rios, e raríssimos os casos onde foram respeitados os aclives. Floresta mesmo no Maranhão só floresta de eucaliptos, matéria prima para carvoarias.
O Pará, segue pelo mesmo caminho, com um agravo: os madeireiros ilegais controlam a política, a economia, em alguns municípios até mesmo a polícia e a justiça.
O companheiro Lula, em quem sempre votei, tem de fato razão quando diz que não haverá desmatamento ilegal em 2020, Infelizmente não é porque o Brasil estará mais civilizado ou melhor equipado para o controle do desmatamento da Amazônia, infelizmente será porque não haverá mais a imensa floresta equatorial brasileira.






Marcos Washington Cardoso Silveira