terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Nada mais Atual

Que falta nesta cidade? - Verdade.
Que mais por sua desonra? - Honra.
Falta mais que lhe ponha? - Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra e vergonha.
Gregório de Matos ( Do barroco - século XVII)
Àqueles que mentem, criam factóides e boatos querendo assustar o povo de Açailândia, versos do Boca do Inferno.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Minha Poesia

Não posso sentir a dor
que não vi,
que não dói em mim
enfim...
Não sou um poeta de mulher
nem sou de uma flor
Falo tão somente de sentir
falo tão somente de meu sonhar
e tão somente de meu amor
somente de meu desamor...
da imensidão angustiada
do meu amor em mim!
E minha poesia não vem da dor
da dor que não vi
que não doeu em mim
amanhã, enfim!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

UM NATAL INCOERENTE

Não posso aceitar passivamente, que os mais pobres, os menos favorecidos pela vida, sejam os primeiros a sofrerem punição, devido á falta de responsabilidade com que os “poderosos” tratam ou trataram a Coisa Pública.
É lamentável que crianças pobres sejam apenas expectadores das festas natalinas e de Revellion daqueles que manipulam de forma criminosa a economia mundial.
É inadmissível que pais de família tenham que justificar a seus filhos que por causa de ajustes econômicos, políticos e financeiros, em sua casa não haverá ceia de Natal ou esperança de um 2009 melhor, pois ele ficou desempregado.
A crise, não é responsabilidade do pobre, mas da ganância dos senhores do mundo e essa crise só comprova a necessidade de a civilização humana tem de rever seus conceitos sobre distribuição de riqueza, de igualdade e de direito.
Os Estados precisam consolidar o seu Poder, todos os cidadãos devem estar abaixo dele e da Constituição, não se pode gerar riquezas onde ela não existe ou emprego onde ele não é legal.
A Justiça precisa ser clara, para não permitir ações que tragam fome, miséria e tristeza.
O homem não pode ter o direito de explorar outro homem.
A Democracia deve ser provedora de solidariedade, igualdade e liberdade.
Não dá para assistir famílias entristecidas pelo desamparo causado por atos irresponsáveis outrem e os responsáveis bebericando dos melhores vinhos e comendo das melhores ceias enquanto “corrigem seu déficits” com a miséria alheia.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poesia Nova

Ir Além

Quero invadir seu rir
ir além do ser,
ir além em você...
sonhar
e sentir...

Quero perder meu ser
na imensidão de seu estar
de seu sonhar,
e viver... !

Seu sorriso é como a rosa,
repleta de pétalas!
Como a poesia,
cheia de versos...
Tem luz,
seduz
e se desfaz.

Na noite de seu semblante,
quero nesse instante
seu voar,
o mar de seus olhos
a imensidão de seu olhar.

Ir além do ser
estar além dentro de você,
ser seu mar...
um passo entre a claridade e a escuridão
a razão de seu amar!






Marcos Silveira

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Duas Poesia

Utopias


Na árida terra
deitamos nossas palavras
atiramos nossos versos a guerra
desconstruimos nossa liberdade
numa terra onde não se vê a lavra
onde não há felicidade
mas, a mais cruel das guerras
a das palavras...

Onde perdemos nossas vidas,
onde bendizemos e maldizemos da nossa lida
e rimos de nossas dores
entristecidos tecemos sobre nossos erros
e dissabores...
vencedores vencidos nos preparamos
para a derradeira batalha

E da terra árida
nascerão flores um dia
e onde berra o homem
palavra se alinhavarão
ajuntadas poesia
tornar-se-ão
Poesia e liberdade,
sol, chuva...
Um dia vida
noutro morte
e no derradeiro
Amor!

Licencioso



O seu silêncio é licencioso
diz que sim,
diz que não...
...Você é linda
e está em mim como tentação,
cria em mim sonhos
que cridos sobrepõem-se a vida
saem do abstrato
tomam a minha lida
tornam-se minha razão...
O seu silêncio é licencioso,
diz que sim,
diz que não...
...Você é tentação
está em meu ser,
é linda e é minha razão,
cria em minha vida
uma abstrata
que faz a canção!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Uma Poesia

A PALAVRA

A palavra é como água
sozinhaé empossada...
alinhavada em versos,
em correnteza,
enfrazeada...
é vida sendo morte
sendo morte é poesia;
é noite sendo dia,
sendo dia é luz
e é vida!

A palavra é como a água
sozinha é empossada...
ajuntada em frases
é rio novo
forte
vigoroso...
Enfrazeada,
versificada
é poesia
é palavra-rio,
é palavra-mar...
é sonhar,
é voar
e é Amor!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ao Servidor Público

Amanhã comemoraremos mais um dia do SERVIDOR PÚBLICO!
Queria lembrar como servidor que nossa luta é de todos os dias, que todos os dias exercemos nossa função: a de servir o povo. E somos nós quem administra, quem limpa, quem cura, quem urbaniza, quem constrói a Açailândia.
Somos aqueles não compreendidos, expostos à ofensas (do tipo: Marajá, corrupto, preguiçoso, etc). Mas nós sabemos que nossos salários estão sempre defasados, que no final do mês nossa conta não fecha e se fecha, quando fecha, nada sobra. E somos nós quem primeiro sofre com as ações de maus administradores e os últimos a serem lembrados pelos bons.
Portanto, neste 28 de outubro temos que comemorar, entretanto temos que lembrar do dia 29... dos bons e dos maus chefes, dos salários em dias, dos salários em atraso, do bom atendido, do insatisfeito e acreditar que temos não um emprego, mas uma MISSÃO. E que dentro dela está a de servir a nossa família, de atender as suas necessidades básicas: Moradia, Saúde, Educação, Alimentação e Lazer.
Congratulemo-nos então: VIVA O SERVIDOR DE AÇAILÂNDIA!

Marcos Silveira (Marcão)

P.S: O Servidor de novo não tem representante na Câmara Municipal. SERÁ QUE ISSO É BOM?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O PT das Urnas 2008 em Açailândia

Em 05 de outubro as urnas do município deram à certeza de que nem sempre o que parece inviável de fato o é. O PT açailandense emergiu das urnas fortalecido e não somente porque o vice de Ildemar Gonçalves é Antônio Erismar, a sua principal liderança, que se não unificou o partido conseguiu isolar aqueles que discordavam de sua proposta de construção do PT em Açailândia. Diga-se aqui, o melhor caminho que o PT açailandense poderia tomar.

Todos sabiam desde o princípio que a reeleição de Ildemar era consumada, primeiro porque Ildemar trabalhou quatro anos para tirar o município do ostracismo administrativo que vivia. Nesses quatro anos o prefeito Ildemar deu a Açailândia o início do crescimento da qualidade de vida que a cidade buscava. Afastou a insegurança política, além disso, apresentou propostas de continuidade palpáveis, verossímeis e seus adversários, primeiro não conseguiram se unir, depois não apresentou nada melhor do que Ildemar apresentou, em alguns momentos as propostas de seus opositores beiravam o ridículo. Isso quem primeiro viu foi o PT do articulador Antônio Erismar que manteve o partido na base aliada, trabalhando, construindo o projeto emancipador do partido e do povo, a Secretaria de Agricultura foi a ponte que ligou a administração ao pequeno agricultor e esse trabalho rendeu o convite de Ildemar ao PT para que o vice fosse indicado e o melhor nome do PT era o de Erismar. Ildemar se reelegeu, mas isso não aponta o crescimento do PT, não somente isso, mas a votação dos dois candidatos que representaram o grupo: Luis Matias com 622 votos, (maior votação de um candidato) petista a câmara municipal e o Tim da Califórnia com 333 votos, (o que o consolida como liderança maior da agrovila), prova que o caminho tomado pelo PT é o caminho mais perfeito para um partido oriundo das classes populares se tornar alternativa. Que é necessário se permitir vidraça para comprovar capacidade, que discurso sem prática é discurso oco, sem resultados. O PT açailandense hoje tem esta certeza de fortalecimento, e ela trouxe a unidade contra as vozes da discórdia que ainda bradaram durante o período eleitoral. Vozes isoladas que se achavam guias do partido, mas que foram emudecidas pela decisão da maioria de construir um PT do tamanho de Açailândia e uma Açailândia mais feliz e para todos. É preciso que essas vozes se perguntem; Somos petistas? Queremos mesmo que o PT seja maior que nós?

O PT de hoje, não é o PT escadinha, usado por lideretes externos e depois posto a margem do poder. O PT de hoje não serve apenas como alavanca para a promoção pessoal de grupos políticos que não tem senão o do próprio benefício. O PT de hoje trilha o caminho da igualdade de direitos, da justiça social do bem comum. É governo com Ildemar, expô-se e cresceu. Em 2009 se consolidará, consolidando sua aliança com Ildemar Gonçalves, aliança transparente, que fará de Açailândia, não a cidade mais rica do Maranhão, o que percapitamente já é, ou uma cidade mais organizada, o que se está fazendo para ser, mas principalmente para se fazer uma cidade para todos, mais igualitária e mais justa.

Este é trabalho de Antônio Erismar, principal liderança do PT e do grupo que com ele fez do sonho algo palpável; aliados que têm o mesmo objetivo fazer do PT a grande alternativa política para o açailandense.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pela Rebio Gurupi

Depois



Quando eu morrer,
virá um igual a mim...
Ou um pior,
Ou um melhor...!
Mas você estará aí,
Menos vida,
menos luz,
Menos água...
Quando eu morrer
Virá um igual a mim,
Ou melhor,
Ou pior
Mas você estará aí
Menos água,
Menos luz,
Menos vida... !

A REBIO GURUPI AGONIZA NO MARANHÃO, enquanto os homens falam das perdas pela quebra de contrato dos clientes estrangeiros do "nosso" ferro-gusa!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Uma Verdade

Amo-te!
Não somente no leito,
fazendo amor,
mas também no seu rir insosso
que me cala os defeitos
e me fala de amor!

Amo-te!
No derradeiro gemido
na explosão do amor
e também apenas
quando percebo o seu me desejar!

Amo-te!
No riso de nossos filhos,
na felicidade do viver
e também na distância,
no querer amar e não poder!
Amo-te!
O olhar matreiro,
o falar manso,
o caminhar sorrateiro;
O teu amar, minha poesia e canto!

Amo-te!
Ainda agora,
Somente esta tua lembrança!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Em 06 de Outubro

O POVO NÃO É BOBO E VAI EM 2008 DE 45 DE NOVO!


Açailândia será melhor pois teremos a certeza que não teremos que suportar o retrocesso administrativo de novo, pois novo mesmo será o segundo mandato de quem trabalhou de fato, de quem trouxe ao servidor dignidade, pagamentos em dia, no máximo dia 05 do mês; salários reajustados em mais de 40%, sem promessas vis, como os 20,5% prometidos e esquecidos no ralo de uma disputa imoral pelo poder.
Em 06 de outubro certamente, não ouviremos mais carros de som com mais de 80 decibéis a cada cinco minutos, confundindo o povo, ou tentando confundir; teremos mais 04 anos de justiça social, de seriedade administrativa e uma Açailândia melhor do que aquela que tínhamos em 31 de dezembro de 2004. Nossos problemas não estarão todos sanados.


Porém a maioria deles estará em vias de solução. Claro em 2012, teremos muita gente no palanque querendo dizer ao povo o que é certo. Entretanto, muito certamente, novamente o povo dará razão a quem tem.
Para o nosso bem, como povo, espero estar dizendo aqui de novo que:
- Fizemos bem em votar em Ildemar.

- Hoje em 2008 EU Voto 45, pois em Açailândia 45 é 13 e o 13 é 45!

- O povo não é bobo, em 2008 vai de 45 de Novo!


Em Floresta Azul:
Torço para que o povo empuure Garrafão e sua quadrilha pra cadeia!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pelo Cinqüenta Vinte

Pelo Cinqüenta Vinte


Minha dor tem farrapos de pele, carne e ossos de uma criança,
que não verá o Natal chegar,
que não mais retribuirá o carinho de sua mãe
que não brincará com meus filhos...

Minha dor tem nome
O nome de menino louro
que brincava pelas ruas de meu bairro
que teimava em correr atrás da bola
sem ter o futebol dos demais...

Chamem sua irmã...!

Calem meu desespero...!

Arranquem de meu peito essa dor
que a violência da morte de um menino
nos pode trazer...

Calem minha ira,
pois ela vem dos pneus do cinqüenta vinte,
do cascalho de minha rua
de terra nua
de minha vila descalça...

Minha dor tem pedaços de impotência

diante do grotesco da morte
de um menino de onze anos

eu nada pude fazer,
sequer me jogar sob os pneus móveis do cinqüenta vinte
para senão salvá-lo
conduzi-lo em sua nova jornada...

Chamem minha irmã...

Pensei na minha irmã,
na dor que lhe causaria
se eu houvesse ido pelos pneus do cinqüenta vinte!

Que as crianças de meu bairro, de minha cidade e do mundo possam brincar
sem bombas, sem balas e sem pneus, que espalham a dor e a morte!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

FIDELIDADE PARTIDÁRIA

O PT de Luis Inácio, não é o PT do que se chafurda em traições, mas daqueles que se submetem a vontade democrática. Aquele que acha que é maior que o Partido dos Trabalhadores, deve sair, por livre vontade ou por decisão da Plenária. Portanto, se em Açailândia há alguém falando em nome do PT num outro palanque que não seja da coligação esse/a militante não fala em nome de petistas, mas em seu próprio nome , senão concorda com a decisão do Partido de permanecer no governo de Ildemar Gonçalves do PSDB-açailandense e aprofundar a ligação indicando um vice-prefeito na chapa de Ildemar nas eleições municipais de Açailândia, aprofundamento que tem o respaldo da Executiva Estadual e da Executiva Nacional, e que foi feita levando-se em conta que a administração Ildemar Gonçalves dos Santos de janeiro de 2005 até junho de 2008 e que é a melhor administração da história de Açailândia. Pois:

Fez de Açailândia um canteiro de obras;
Concluiu diversas obras no município;
Recuperou a Educação pública municipal, melhorando inclusive a avaliação do município junto ao ENEM e provões qualitativos do MEC;
Gerou emprego e melhorou a renda de centenas de agricultores familiares;
Recuperou e ampliou as instalações do Hospital Municipal;
Acabou com as filas noturnas nas centrais de atendimento médico;
Reajustou o salário do Servidor Público em 40%, na gestão anterior o servidor só conseguiu 6% em duas parcelas de 3% após uma greve de 18 dias de paralização;

Essas são as verdadeiras razões que levaram o PT a permanecer com Ildemar, deve ser coerente consigo e pedir a sua desfiliação .Porque no PT a fidelidade partidária (que para muitos começou a existir quando alguns deputados acostumados com o poder resolveram deixar agremiações oposicionistas para ingressarem ou fundarem outros partidos durante o governo do PT, porque antes, a fidelidade partidária era vista como uma piada sem sentido. Antes do evento Lula, os políticos brasileiros pouco se preocupavam com a tal de fidelidade), é coisa séria e se justifica pelo cumprimento de seu Estatuto.

Marcos Silveira
Filiado do PT Que fala em seu nome, mas que NÃO CONTRARIA decisões democráticas!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre Meu Primeiro Lar

Floresta adormecida


Minha pequena floresta adormecida
dorme em minhas lembranças, pequenina
como a menina que sonhei,
que já não está em minha vida!

Tenho-me ainda rolando a ribanceira
da ponte que depois foi sobre o Salgado...
Tenho-me entre as brincadeiras
de um menino feliz e apaixonado...

Mas a floresta que lá está
não é a que deixei...
São rios mortos
Poeiras assentadas,
amigos que ficaram
e não permaneceram...

Eu fiz do mundo minha estrada
perdi o caminho do sul,
já não sou mais seu guardião
minha querida Floresta Azul!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Construindo Uma Civilização

(Desmatamento na Região/Arquivo Pessoal)

Chegamos de fato em pleno “milagre econômico”, Açailândia não passava de uma vila perdida a beira da Belém – Brasília, as margens de um riacho coberto de açaizais. Naquele tempo poucos criam que o progresso chegasse a estas paragens. Porém fomos chegando de todos os lugares do nordeste. Éramos baianos, pernambucanos, cearenses, vínhamos do sul, gaúchos, catarinenses, mineiros, capixabas e paulistas e a vila foi crescendo, tomando forma; a mata que a circundava ia sumindo em forma de mesa, cadeira, tora, tábua, ripa e o que parecia se perder caia no forno, virava carvão na imensidão de caieiras que o lugar ganhou.


(Carvoaria em atividade/Arquivo pessoal)

O tempo passou, nos anos 80 do século XX, a madeira e o ouro de “Serra Pelada”, fez muita fortuna e muita desgraça. Nos anos 90, restolhos de madeira na região e o início do Pólo Siderúrgico aumentaram a migração e chegamos ao século XXI sendo mais de 100 habitantes, homens humanos no município, ainda não sabemos, mas caminhamos para o fim.
Nossa economia, baseada no extrativismo de recursos naturais não-renováveis está à beira de um colapso, porque já não há madeira para o carvão, matéria-prima essencial para a produção do ferro-gusa, de nossa economia a sustentação. Fato, que ainda não atentamos e que as guseiras fingem não perceber, pois parece que elas fazem o jogo econômico do gafanhoto, alimentar-se-á até a última árvore e depois nos abandonará em desertos verdes ou arenosos, mas improdutivos e inviáveis.


(Carvoaria em plena Atividade/Arquivo Pessoal)

Sim o município já possui hortos florestais, porém não são grandes áreas de recuperação da floresta nativa, da velha Amazônia Maranhense, mas hortos florestais australianos; de eucaliptos; sim temos eucaliptais espalhados por todo o município, próprio para a produção de carvão, mas inviável quando se trata da preservação da fauna regional, ou seja, imensos desertos verdes, que poluirão com sua clorofila exótica e seu carvão, que tornarão mais ricos os empresários e mais pobre a fauna regional ou mais doente e explorado o trabalhador braçal semi-analfabeto que constitui a imensa maioria da população açailandense.


(Imagem Urbana de Açailândia-MA/Arq., Pessoal)

Sim, a cidade de Açailândia-MA cresceu para todos os lados: para norte, para o sul, de forma desordenada sem planejamento ao bel-prazer dos proprietários das terras que a cercavam. A primeira impressão para o chegante é que está na periferia de uma grande cidade, e que logo vai se encontrar no centro dela; porém o centro da cidade se confunde com a sua periferia, seja por causa de sua urbanidade desurbana, seja pela falta de identidade e identificação. Açailândia não possui saneamento básico, não de fato Açailândia não possui uma rede de esgotos, portanto a maioria de seus prédios possui fossa séptica, claro nos bairros mais nobres, ou na vila mais nova; em alguns lugares da periferia há de fato, uma “privada”, onde fazemos nossas necessidades fisiológicas. O Centro ainda possui ruas sem calçamento e poucas são as asfaltadas, ainda há muito terreno baldio, no centro da cidade, em sua praça principal há pelo menos um e, dificilmente há rua que não possua um terreno aberto. As erosões comem suas encostas e suas ladeiras também. As erosões são frutos das chuvas, mas da falta de uma política de infra-estrutura que priorize a erradicação desse mal, combatendo não as conseqüências, mas a causa que é a exposição do solo as intempéries climáticas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

São Perguntas que não querem calar:

1) Um candidato pode produzir matérias jornalísticas enquanto candidato?

2) Qual instituto de pesquisa que aponta o crescimento vertiginoso do 10 em Açailândia?

3) Quando foram feitas essas pesquisas?

4) Jornalismo o que é jornalismo?

DEMOCRACIA

A Democracia é a ditadura da maioria, ou o resultado das somas e diferenças das minorias?

Eu creio que ainda é preciso abrir a caixa preta do judiciário, até porque o judiciário é conduzido por homens, e nós homens não somos incorruptiveis, infaliveis ou imutáveis ou inatigíveis. O Supremo Tribunal deve ser investigado, o Ministro Gilmar mendes deve ser investigado, se houver suspeita contra ele, porque todo cidadão brasileiro está sob a Constituição Brasileira, se está sob, está abaixo... Portanto pode ser investigado sim.

Porém a escuta telefônica clandestina é horrivel para um estado democrático, pois todo cidadão tem direito a privacidade, e não vivemos mais na ditadura policialesca que a nossa elite pró-estadosunidos nos fez viver, a URSS já não existe mais, "Brasil Ame ou Deixe-o!" também é cinza, de vez em quando nossa elite tenta ressucitá-lo, o que o povo já consegue rechaçar. O que não podemos permitir é que um governo popular aceite silenciosa e omissamente que um órgão seu de proteção policie membros desse governo e outros poderes do Estado.
O presidente Lula fez bem quando afastou o Paulo Lacerda, o Brasil não precisa de investigações ilegais e investigadores sem ética.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Dia

Dia (Inferno Verde)



É quase amanhecer,
ouço o sabiá a disputar canto
com o bem-te-vi da entrada
da mata que ainda nos rodeia
isso me faz sonhar que é possível!

Mas ouço também o cantar destoado
do moto-serra alucinado
que a clareira aumentará
trazendo homens e urbanidade
e ao bem-te-vi afastará!

É quase entardecer e a mata
que nos rodeava
perde os últimos filhos de jatobá,
deles farão carvão
que fará do minério de ferro, a gusa
e será exportada para o Japão!

No lugar da mata nativa
plantam eucaliptos, árvores da desertificação
matéria prima de carvoarias
novos pontos de escravidão!

É quase anoitecer a poluição cobre a cidade,
ferve o chão açailandense,
mata meninos no Pequiá,
calando quem deveria reclamar,
vejo, é quase impossível então!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um Mar

Eu quero a imensidão do mar no meu amor,
Pra que você entenda
Que não sou feliz sem você,
Que não sou feliz se você não me ama
Sou rio seco, entrecortado,
Sou um naco de dor!
E você?!
Silenciosa não me diz da rosa,
Não me diz de amor
A
M
O
R
Imenso é o mar que tem em meu ser,
Dono de mim e seu escravo
Que me faz sonhar e lhe querer
Sem correspondência torna-se bravo
Matando-me de sofrer!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Jovem e as Eleições 2008

Em 1979, em Floresta Azul-Ba ( na época o município tinha pouco mais de 5 mil habitantes), garotos e garotas de 15 à 20 anos promoveram um movimento estudantil que refletiu nas eleições municipais de 1982, eram jovens, que na época sequer votavam em sua grande maioria, mas que tinham a intenção de transformar a sua sociedade. Pouco depois a juventude foi pintou o rosto de preto (os caras-pintadas) e foi as ruas de todo Brasil pedir o Impechment do Collor. A juventude era vista como o grande trator democrático, que moralizava e transformava a sociedade brasileira.
Hoje, o jovem parece ter desistido de participar do processo democrático, de lutar pela transformação da sociedade brasileira, então nascem perguntas e delas conjecturas alarmantes, assustadoras. A primeira pergunta que farei, ouvi num veículo de comunicação de massa e discordei da teoria da resposta, portanto como era um programa, desses em que a participação popular é apenas de alienado, vou respondê-la aqui nesse espaço, que não é só meu, mas de todos:
1) Por que a juventude não participa ativamente das eleições em 2008? Pois para comprovar está a redução do número de eleitores na faixa etária de 16 a 18 anos.
Vou tentar responder:
1) O nosso estado midiocrático, o terceiro estado transmite em seu discurso alienante de todos os dias, que a política é desnessária, que a participação popular nas eleições é obrigatória e que o sistema político eleitoral brasileiro é responsável por todas as mazelas sociais e morais do Brasil. Quem participa desse processo eleitoral, está de certa forma sendo conivente com isso tudo. Discurso aliás que se fortaleceu, após a guinada a esquerda que o Brasil deu quando elegeu Lula presidente, contrariando a vontade da elite econômica, controladora da mídia Brasileira. Quando o PT reelegeu Lula, o discurso tornou-se mais cruel, pois novamente, o povo contrariou a elite, contrariou o terceiro estado e contrariou o estado mais poderoso do mundo, e da forma mais incontestável, no voto. A mídia e não o sistema eleitoral é um dos fatores principais para o afastamento do jovem das eleições em 2008.
2) Os partidos políticos não conseguem trabalhar junto ao jovem alienado, primeiro porque o poder de mídia dos partidos políticos é ínfimo, até os parcos horários de propaganda eleitoral gratuita são contestados pelos donos do Poder. Assim, o jovem contemporâneo, passa o dia vendo na nossa TV: programas de bastidores (fofocas da elite), novelas sem sentido ideológico (Duas Caras), ou absurdas (Pantanal e Os Mutantes), e cópias mal-feitas de programas internacionais ou desenhos cujos personagens principais tem sempre as cores azul/vermelha, o que confirma a massificação da cultura estadosunidenses no Brasil. O jovem brasileiro não consegue diferenciar a ideologia, direita de esquerda, neo-liberalismo/socialismo. A nossa juventude não consegue entender: racismo, etnia, gentílico; massificada, serve aos interesses de facistas violentos que os condicionam a servis soldados tão somente.
3)No interior do Brasil o partido político foi substituido há muito por personagens: Sarney, Calheiros, ACM, Tancredo e outros, foram construindo impérios a partir dos personagens locais, lideretes regionais que se consideram acima e além da ideologia partidária, e o eleitor não vota em partidos, não vota em ideologia, mas em indivíduos que são cultuados, a ponto de algumas pessoas não vestirem determinadas cores para não serem confundidas com adversárias. O eleitor, deixou de ser eleitor par ser torcedor, não se importando com o resultado de suas decisões. O voto personalizado, de cabresto, é prática comum que também afasta o jovem da política eleitoral e o distancia da tomada de decisões nestas eleições de 2008.
Isso é assustador, pois o jovem de hoje será o homem de amanhã e o que será do Brasil sem produzir sucessores para os atores socias do presente, então faço uma segunda pergunta e espero sua resposta.
2) O que fazer para que o jovem recomeçe a participar do processo eleitoral?

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Subterfúgio

Ainda quero um beijo,
não um beijo qualquer,
ainda quero seus lábios nos meus...

Como já quis viver...
liberdade solto seu nome aqui,
antes soltasse o da rosa
unicamente para nos libertar;
Discordo de mim em mim
inconsciente como meu querer,
amo você e falo seu nome!

Dias virão antes da morte
Pois sou forte como o carvalho
Do seu nome de mulher!

Mas rio e choro
ainda não possuo a felicidade,
retine meu amor como o sino
cortando nossa solidão
ofuscando a dor
secando a lágrima

Calo e choro,
amo você e pronto...
roubou-me a paz
deu-me a felicidade
olho, a dor é meu nome
sofro e amo
ódio e dor não são meu nome enfim!!


Fazem tantos anos, mas te rever sempre me faz feliz!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Uma poesia de Amor

Um segredo



Queria que você soubesse o que tenho percebido em mim,
queria que você soubesse o que tenho perdido de mim...
O quanto reluto para dizer te quero,
quanto temo lhe querer assim...
Mas seu cheiro me chega de manhã,
invade meu ser,
esconde-se dentro de mim
e acorda você em meus sonhos,
Linda, perfumada... Nua
beija minha boca ternamente,
candidamente como jamais fui beijado,
ri de mim e se vai
entre as nuvens num vôo pleno...
Tenho-lhe um querer imenso,
maior que nós dois,
maior que a vida,
porém, não posso lhe querer!
Não tenho como lhe ter
e você não me tem,
e você não pode voar nesse vôo estranho,
nesse seu vôo noturno em minha alma!
(Atendendo a um pedido do Vagalume mais Iluminado de FAzul divulguei este poeminha de AMOR)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Outra Poesia

Minha Beleza

Sei que não sou belo,
que não sou pai
que não caminho
a me levar o vento vai
e pelo tempo semeio minha ira
e crianças estão mortas em Gori
em Sarajevo
e em Açailândia!
Meus vizinhos choram de dor
e de suas feridas surgem balas perdidas
elas matam meninas
matam mães crianças
mulheres de quem seria a justiça
em Boa Vista
em Floresta Azul...

Sei que não sou belo
que não sou pai
que sou levado pelo tempo
que a morte ainda não me quer
que a velhice me engole o riso
e crianças são mortas em Beijing
no Rio de Janeiro
e em Itabuna
Meus vizinhos riem seu desamor
derrubam árvores
e pedem justiça...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Um Conto

Coragem



O sítio não era o que se pode chamar de grande, tinha uns dois alqueires, uma casa, um galinheiro, um chiqueiro pequeno e um depósito, quem chegava percebia logo pelo estado das terras que seu dono não vivia delas, somente ao redor da casa é que se percebia um esmerado cuidado, a hortinha, o jardim e o terreiro, tudo limpinho de dar gosto. Na casa viviam cinco pessoas, o pai, a mãe e três filhas; Iaiá, Dionísia e Maria do Amparo. O pai, conhecido por todos era o Augusto da Venda, e na venda ele trabalhava do nascer do sol ao escurecer, da venda ele tirava o sustento, e sua venda era a melhor da vila, a maior e a que mais vendia. A mãe, Dona Teté, quando não estava na venda ajudando seu marido, vivia a costurar, a vida no sítio corria por conta das meninas, sendo Iaiá a responsável pelo trabalho da casa e seu redor.

Naquele inverno de 89, as chuvas começaram um pouco mais tarde e mais fortes no sudoeste do Maranhão, no terceiro domingo de janeiro, porém na manhã daquele domingo, após a missa a casa de Augusto recebeu uma visita desconhecida e inesperada, enquanto ele e Maria do Amparo arrumavam a porteira foram abordados por um homem que assim lhes falou:
- Bom dia, posso falá com vocês?
- Sim, em que posso lhe ajudar conterrâneo? Era sempre assim que Augusto atendia as pessoas na venda, e mesmo na vida quando era abordado.
- Pois num é patrão, venho fugino da seca do Piauí, aqui e acolá pedino um prato de comida, trocano por uma diára, limpano uma juquira, consertano uma cerca, sabe patrão, meu nome é Abel, lá no Piauí, dexei a muié e os fís... quero ir pro lado do Pará arrumá trabaio, porém nesse instante, tenho mermo é muita fome...
- Pois num se apoquente, segure aqui essa porteira enquanto eu bato uns prego e depois você almoça conosco, Amparo, diga a sua mãe que hoje nós tem convidado.

Um ano depois desse diálogo encontramos Abel tocando o sítio de Augusto; pedira um prato de comida e foi ficando, pediu pra fazer uma roça e fez, pediu pra fazer um barraco e fez, Augusto estava contente, pois para ele encontrara alguém em quem acreditava poder confiar, o sítio já não era só a casa, a horta e o galinheiro, Abel havia botado roça, arrumado a cerca, limpado a cisterna, e apesar da preocupação de Teté, e do fato de Abel nem se preocupar com a mulher e os filhos no Piauí, o sujeito era trabalhador e de confiança, confiança incontestável. Em dezembro Iaiá fora pedida em casamento, em junho ela se casaria, Dionísia e Amparo, estavam a estudar e a menina Dionísia só falava em ir pra São Luis, Brasília ou São Paulo, logo só ficariam ele e Teté, Augusto já havia até resolvido comprar uma casa na vila, mais perto da venda e mais distante do sítio.Porém Abel, não merecia a confiança que Augusto nele depositara, a mulher e os filhos do Piauí nunca existiram, além da seca, do que Abel fugia mesmo era da polícia, Abel havia matado no Piauí e fugira, graças a distância e a falta de comunicação na Vila, Abel vivia livre e tranqüilo, apesar de Dona Teté dele não gostar, aos poucos Abel fora se tornando “dono do sítio”, mas Abel longe de ter se regenerado, vivia espreitando as meninas durante o banho, e Dionísia, se sentia feliz quando percebia que estava sendo olhada pelo perigo. Dionísia era bonita, tinha uma cabeleira loira, um corpo perfeito, seios médios, cintura fina, quadris largos, porém, levada pela vaidade, talvez, talvez pela carência afetiva, ela não só gostava de ser vista pelo empregado do sítio, como lhe permitia que a tocasse e pedia para que ele a deixasse vê-lo a se masturbar, ou seja, Dionísia, alimentava o desejo doentio de Abel... Todavia, apesar desse relacionamento doentio com Dionísia, Abel se perdia mesmo era quando via Maria do Amparo, em seus doze anos de menina impúbere, em ações privadas, vê-la banhando, o fazia queimar-se em sonhos loucos, sonhos que ele acreditava um dia realizar.

Em junho, Iaiá casou-se e foi morar na fazenda do noivo; em setembro, Dionísia, com 16 anos, fugiu de casa, só se soube muito depois que ela se tornara prostituta no Rio, meio que de desgosto, meio que de doença cardíaca Dona Teté morreu em dezembro e no sítio foram ficando Augusto, Abel e Amparo; ferido pela dor da perda, Augusto quase já não vinha ao sítio, dormia na venda, vinha apenas saber da filha, e a casa na vila que ele comprara, e que reformava quando a mulher morreu, estava como estava no dia da morte dela, com a reforma parada, sem teto, com as paredes nuas, morrendo de tristeza como seu dono.

Maria do Amparo, crescia, a puberdade lhe dera seios, pelos e menstruação, a vida lhe dera a dor, que ela estampava no olhar e que lhe deixara mais bonita ainda do que a irmã fugida. O que fazia Abel imaginar impossíveis e insanas situações onde ele a possuía e se tornava seu senhor, mas a menina lhe era arredia, fugia dele, passava mais horas na venda como o pai do que no sítio, onde só dormia, depois que fechava com tranca todas as portas, as vezes chegava a tentar dizer ao pai do assédio de Abel, mas antes que falasse o pai lhe cortava a conversa e punha-se a elogiar o empregado.

Na véspera do aniversário de quatorze anos, Amparo disse ao pai as cinco e meia da tarde:
- Papai, amanhã completo anos, hoje vou levar uma farinha e um leite pra fazer um bolinho, pra nós dois tomarmos café, por favor papaizinho, durma lá em casa hoje.
- Amparo, sei que lhe tenho sido um pai mei ausente, sei disso minha fia, hoje num vai dá para eu dormi lá, é que tenho uns compromissozinhos assumidos antes, porém prometo chegar lá antes do café e comer seu bolo, mas prometo ir e lhe levá um presente, uma supresa...

A menina então se despediu, beijando-lhe a testa e se dirigiu para sua casa. Augusto então correu na casa vizinha e chamou:
- Terto, ô Terto! Logo um homem de mais ou menos uns quarenta anos veio em sua direção...
- Sim, Seu Augusto, que pressa e essa homem, que bicho lhe mordeu, diga logo?
- Então Terto, vamos faze o negócio, ou não?
- Mas Seu Augusto, minha casa num vale seu sítio e a construção...
- Home... deixe de conversa, eu sei que num vale, ma é que eu quero me livrá do sítio e da construção, as duas coisas me traz muita angustia no peito, além disso Amparo, ta ficando moça, vive lá sozinha... sabe como é... a menina tá na oitava série, logo vai querer ir pra mais longe, o sítio... o sítio num tem importância... Vamo home, fecha o negócio que eu estou lhe ajudando...
- E o Abel? O que eu faço com o Abel, Seu Augusto?
- Ora rapaz, ele ainda num plantou, pago-lhe a limpa da juquira e lhe dou um dinheiro pra que ele volte lá pro Piauí, ele é problema meu...
- Intão tá seu Augusto, a gente faz negócio, mas oi home, é o sinhô que qué assim.
- Home deixe de bobagem e vamo lá na venda tomar tomar um vinhozim pra comemorar. Amanhã bem cedim vô cumê o bolo da Amparo e lhe dá essa notícia, sei que isso vai deixá ela muito contente...

As seis horas da tarde Maria do Amparo chegou ao sítio, quando abria a porta Abel veio ao seu encontro,falando:
- Menina, espere, num feche a porta pro modi tenho coisa séria pra falá cum ocê... Mesmo com medo a menina esperou. Quando o homem a alcançou segurou-lhe pelo braço, empurrou-lhe porta a dentro, com a outra mão tratou de rasgar-lhe a saia, a menina mordeu-lhe o braço, conseguiu escapar da primeira investida, quase alcançou a porta, porém, Abel foi mais rápido, novamente a segurou e deu-lhe um soco no rosto e menina desmaiou, então ele a levou até o quarto jogou-lhe em cima da cama amarrou-lhe os punhos e as pernas com as cordas de uma rede, retirou-lhe o restante da roupa e tocou-lhe por todo o corpo, quando a menina voltou a si ele a possuiu violentamente, e cada grito da vítima ele a esmurrava, a cada tentativa inútil dela, ele a agredia, quando terminou sua tresloucada ação Amparo tinha o rosto coberto de sangue os dois olhos fechados e inchados, então ele foi ao banheiro pegou um balde com água, um pano molhado e começou a limpá-la, quando estava a terminar a menina voltou a si novamente e começou a se debater; aquela ação da garota lhe encheu novamente de desejo e mais uma vez ele a possuiu, durante a posse, retirou a corda dos pulsos dela e colocou em volta do pescoço, no encerramento do ato a enforcou, saiu da casa e se dirigiu ao seu barraco, onde acendeu um cigarro, tinha o corpo suado e as vestes sujas de sangue, mas parecia que não percebera isso.

As sete horas da manhã, Augusto chegou em casa, trazia nas mãos, pão e algumas flores, encontrou a porta da casa aberta e foi entrando...
- Amparo minha fia, vim cumê do bolo...

Da cozinha não veio nenhuma resposta, pra lá ele se dirigiu, na cozinha não havia ninguém e ele retornou a sala, não viu nenhum bolo, nenhum sinal de café, então ele se deparou na frente do quarto da filha a porta aberta e sobre a cama o corpo dela nu, com umas cordas amarradas nos pés, Augusto fechou os olhos, quando os abriu, viu de novo aquela cena que carrega enquanto vive, a filha morta enforcada, desfigurada, bateu-lhe um desespero, sabia que a menina morrera, que ela sofrera, de repente ele viu na mente o criminoso cometendo o crime, percebeu porque Teté não gostava de Abel, entrou em seu quarto pegou o revolver que guardava no armário e saiu, entrou no barraco de Abel uns três minutos depois, o empregado estava lá sentado, ainda sujo de sangue da sua vítima e Augusto lhe falou:
- Seu fí-duma-égua, você vai morrê... Apontou-lhe a arma para a cabeça e outro então lhe disse:
-Mate... por modi que eu matei ela porque ela num me queria, eu num matei só ela não, mate, porque senão eu vô li matá cabra!

Augusto com a arma apontada para o criminoso tremeu, seus olhos se encheram de lágrimas e Augusto não atirou, Abel então foi se aproximando do já entregue Augusto, quando ouviu uma voz feminina a suas costas lhe dizer:
-Morra canalha!

Acordou num hospital algemado, sentiu uma dor nas costas e perguntou ao policial:
- Ei moço, que to fazeno aqui?
E o policial:
- Cala tua boca pilantra, sua sorte é que a Dona Iaiá errou o lado da facada, botô a faca do seu lado esquerdo, porém você tem tanta sorte que o seu coração é do lado direito...
- E o pai dela... o pai dela?
- Esse, ainda hoje chora a fia mais nova, que você matou... Agora se cale.

Durante o julgamento, quando perguntado pela promotoria porque não matou a Abel, Augusto trêmulo e com os olhos cheio d’água respondeu:
- Moço, me faltou coragem!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Duas poesias

Depois



Quando eu morrer,
virá um igual a mim...
Ou um pior,
Ou um melhor...!
Mas você estará aí,
Menos vida,
menos luz,
Menos água...
Quando eu morrer
Virá um igual a mim,
Ou melhor,
Ou pior
Mas você estará aí
Menos água,
Menos luz,
Menos vida... !

Um Mar




Eu quero a imensidão do mar no meu amor,
Pra que você entenda
Que não sou feliz sem você,
Que não sou feliz se você não me ama
Sou rio seco, entrecortado,
Sou um naco de dor!
E você?!
Silenciosa não me diz da rosa,
Não me diz de amor
A
M
O
R
Imenso é o mar que tem em meu ser,
Dono de mim e seu escravo
Que me faz sonhar e lhe querer
Sem correspondência torna-se bravo
Matando-me de sofrer!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

PLEITO E CORRIDA OS ADVERSÁRIOS

Bate um desespero imenso, quando numa corrida pequena a gente olha pra frente e quase não Vê o adversário, mas Ele está lá bem a frente. Iniciar o pleito, vendo o adversário lá na frente, imponente, quase imbatível e ainda saber que os recursos que possuimos para reverter a situação são Parcos e Frágeis é terrivél. Porém, oposição um dia todo mundo é né verdade minha senhora?! Adversário Forte todo mundo um dia tem né não oposição?! Afinal carreira e pleito a gente disputa com no mínimo dois competidores e um vai ganhar sempre, incoerência seria carreira de um só competidor e pleito sem oposição. Todavia, o pior para a oposição deste nosso lugar é que a carreira começou no fim.

E VIVA O POVO AÇAILANDENSE!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

E Já não Fazemos Amor

A vida tornou-se melhor,
os morros do Rio têm senhores
milicianos ou traficantes,
soldados e comandantes
que promovem o caos
e a paz!

O mundo tornou-se melhor,
o calor é mais intenso,
são poucas as matas,
já não temos muitas cascatas,
a maioria tornou-se lagos de hidroelétricas...
No inverno é um frio imenso
e já não fazemos amor!

A vida tornou-se melhor,
todos os dias se matam meninos
nas metrópoles,
nas pequenópoles,
nas esquinas
marquises...

Já não temos importância,
Somos chão...
picadeiro para quem dança
a dança doentia do viver!


A vida tornou-se melhor;
meu vizinho vive das árvores
espalhando o CFC
não usamos mais o DDT
e já não fazemos amor...

Onde estará São Luis amanhã?
As águas do Atlântico lhe engolirão,
Com ela as praias do Caribe
O desembocar do Capibaribe,
Cuba, Miami, cidades da Holanda, do Japão...


... e já não fazemos amor!

Para o Vagalume mais iluminado de Floresta Azul!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

QUASE

Quase não temos luz
quase não temos luxo
quase nada nos seduz
quase somos lixo!

Quase não temos medo,
quase não temos saudades,
quase plantamos arvoredos,
quase não temos cidade!

Quase não temos cidade
quase comida pela erosão
quase perdida no jogo
quase esquecida no chão!

Quase não temos liberdade
quase não há serenata
quase não existe felicidade
quase vivemos em latas!

Quase comemos restos
quase a sede nos consome
quase destruímos nossos rios
quase morremos de fome!

Quase não temos rios
quase já não há água
quase perdemos o brio
quase morremos de mágoa!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Da Floresta Amazônica Maranhense a Rebio Gurupi



Era uma vez no oeste maranhense
uma floresta imensa que tudo tomava
Que a outra floresta maior ainda
na Amazônia se ajuntava!

O povo que ali vivia
Comia não só do que plantava
Peixes em abundância,
Castanha do Pará e açaí não faltavam

Porém, veio o homem civilizado
Se apossando de tudo que havia
A floresta foi se tornando pau de carvoaria
E pasto para alimentar gado!

A floresta foi virando deserto verde esculhambado
Surgiram altas torres e cercas como nunca se viu.
Eles destruíram tudo que haviam alcançado
E diziam: “É pelo progresso do Brasil!”

Os rios foram secando
O solo pobre foi sendo adubado
As chuvas foram rareando
O homem se viu fracassado

Da floresta que ninguém acabava
Resta muito pouco,
Quase nada
Ela lhe pede socorro
Precisa ser conservada!

Da antiga densa floresta sob o céu azul
restam uns pontinhos que teimam em destruir!
No oeste maranhense, do Gurupi a Tiracambu
sobrevive, subvive o que chamamos de
Rebio Gurupi!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sobre determinados apresentadores da Tv açailandense

Tem um determinado apresentador que passou quase três anos vivendo da publicidade pública da Prefeitura e quando lhe foi conveniente e conveniente a seu patrâo, danou-se a falar da administração do prefeito, do pre3feito e da câmara de vereadores. Usando de demagogia, sim pois é um demagogo, usou as dificuldades da população mais carente como mola propulsora de suas má intençõe políticas. O povo vai mostrar a ele com quantos paus se faz uma canoa. AS URNAS LHE DIRÃO DEMAGOGÃO!!!

Tem um jovem apresentador de rádio que está substituindo o Demagogão e acha que está fazendo um belo papel tentando copiar o histerismo daquele.

GAROTO, o programa é dele, mas seja Vc mesmo!

Passarei a lhe jamar de J o DEMAGOGUIM!


Nesta mesma emissora tem um reporter policial, que por ser filho de militar crê que tem o direito de entrevistar os detidos como se tivesse fazendo uma intimação, Garoto vc não é polícia, Vc é uma TENTATIVA MAL SUCEDIDA DE JORNALISTA!